Loja em Santa Catarina conta com Biblioteca Livre mundial

9 anos ago Helena Castello Branco Comentários desativados em Loja em Santa Catarina conta com Biblioteca Livre mundial

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O  Centro de Criciúma, a partir desta semana, passou a ser um ponto de livros “libertados”. Buscando formas organizadas e democráticas de difundir a cultura e o gosto pela leitura, o comerciante Mário Michels decidiu disponibilizar em frente à sua loja um ponto da Biblioteca Livre BookCrossing, uma rede mundial de compartilhamento de livros. A ideia é que as publicações sejam comparti-lhadas e trocadas após seus proprietários terminarem de lê-las. “Ao invés de deixar os exemplares pegando poeira e ocupando espaço em casa, incentivamos que as pessoas disponibilizem e deem a oportunidade para que outros leiam também. Não é venda e não é compra. É comparti-lhamento”, explica.

Cuidado com as publicações

Em uma caixa colocada do lado de fora da loja, sempre disponível durante o dia, foram colocados inicialmente 20 livros. Qualquer pessoa interessada que estiver passando pelo local poderá esco-lher um dos exemplares e levar para a casa. A única orientação é que os livros sejam bem cuidados e, depois de lidos, sejam repas-sados da mesma forma, sendo irregular a venda dos produtos identificados. “Isso forma um ciclo infinito. Em outra oportunidade, a pessoa deixará um exemplar seu em outro ponto, aqui ou em qualquer lugar do mundo. Com um cadastro simples no site da organização, é possível acompanhar por onde está ‘passeando’ o seu livro, além de escre-ver resenhas e informar qual exemplar você pegou”, orienta. Em Santa Catarina, existem pontos de compartilhamento também em Balneário Camboriú, Joinville e Florianópolis.
Fazendo um apelo, o comerciante pede que os criciumenses apostem na ideia e levem também seus livros até o ponto. “No site www.bookcrossing.com.br, é possível encontrar um cadastro que disponibilizará um número de BookCrossing IDentity (BCID – Identidade do BookCrossing). Com esse registro, o dono poderá rastrear as viagens do seu livro. São pontos em todo o mundo. É muito gostoso poder fazer o acompanhamento e ter a dimensão de quantas pessoas aproveitaram o seu exemplar e o passaram adiante”, comenta.

“Só não lê quem não quer”

A partir do projeto e de muitas outras iniciativas parecidas, conforme Michels, qualquer pessoa interessada pode ter acesso à leitura. “Muita gente reclama do preço dos livros e eles realmente são muito caros. Exatamente por investirmos muito dinheiro neles, vale a pena torná-los mais úteis. Agora realmente só não lê quem não quer, pois, pela ferramenta, é possível, inclusive, procurar títulos e autores específicos que nos interessam e localizar em quais pontos o exemplar desejado está disponível”, explica.

Desejo pela leitura

A oportunidade, na opinião do comerciante, pode despertar o desejo pela leitura em cada vez mais pessoas. “Já existem pesquisas que comprovam que iniciativas como essa podem alavancar as vendas nas livrarias, já que é uma oportunidade gratuita de despertar um gosto até então escondido. Todos ganham com a ideia”, completa.

 

Fonte:  A Tribuna